Formas de distribuição de música digital
Aproveitando-se de uma das principais características da INTERNET, o compartilhamento de informações, foram desenvolvidas redes com fim exclusivo de divulgação, troca e consumo de música. Softwares como o Napster atingiram um sucesso estrondoso, pois conectaram milhões de pessoas e possibilitaram a transferência ilegal de músicas de um computador para outro sem a necessidade de intermediários e nem pagamentos, o que provocou uma grande queda das vendagens de CDs em todo o mundo.
[quote]“O Napster teve o mérito de tornar acessível ao usuário comum, não familiarizado com os meandros da informática, o acesso a redes de compartilhamento de música par a par” (CASTRO, 2007, p.59).[/quote]
Darbilly e Vieira (2010) destacam que o desenvolvimento da tecnologia do MP3 ocasionou o surgimento do fenômeno conhecido como pirataria virtual e provocou, a partir da década de 90, uma profunda crise no mercado fonográfico. Segundo os autores, essa crise, intimamente ligada à mudanças de ordem tecnológicas, possibilitou novas alternativas de produzir e comercializar a música as quais fogem ao modelo dominante estabelecido pelas organizações tradicionalmente hegemônicas nessa indústria.
Para CASTRO (2007), o problema ocorreu porque a maior parte dos arquivos disponibilizados para download não tinham permissão de distribuição e isso violava as leis de direitos autorais. Dessa forma, todos os sistemas pioneiros de compartilhamento de música foram processados por gravadoras e artistas.

Napster nos anos 2000
[/quote] [/one_half_last]
Mesmo com toda a polêmica envolvendo esse novo formato de distribuição, o sistema de compartilhamento de música digital ganhou espaço e outras soluções foram desenvolvidas, gerando mudanças também no setor comercial.
[quote]
Na medida em que as tecnologias em rede ampliam as possibilidades de consumo de informação sonora – com a virtualização dos suportes – e o comércio online cresce em importância social e econômica, tradicionais mediadores do consumo musical, como o suporte físico do disco ou as lojas revendedoras por empresas terceirizadas que vendem serviços e produtos associados à gravação sonora.(Leonardo Marchi, 2005).
[/quote]
Surgiu então a necessidade de desenvolver um ambiente de aquisição de música digital, porém que não violasse os direitos autorais dos artistas. A solução encontrada estava na compra e venda dos arquivos digitais, isso é, a venda legal de músicas.
Uma das primeiras alternativas desenvolvidas para o comércio legal estava no iMesh, porém foi pelo iTunes que os resultados começaram a aparecer. “O iTunes provou a viabilidade de vendas online de música, transformando-se rapidamente em uma nova e importante fonte de receita para a Apple, o que permitiu à empresa, inclusive, reduzir os preços do iPod “ (HORMBY, apud ENGELBERT, 2008, p.9).

Sucesso de vendas, campanha do IPOD
Se em 2006 o iTunes concentrava 1,5 bilhão de músicas vendidas desde seu lançamento, em 2008 ele já tinha ultrapassado a marca de 4 bilhões se tornando assim a segunda maior loja de vendas de músicas nos Estados Unidos, ficando atrás somente da rede Wall-Mart, de acordo com a empresa de consultoria NPD Group.
Já em 2011, a ONErpm, distribuidora de música digital especializada no mercado brasileiro, afirmou que suas vendas de músicas vindas do iTunes dobraram com o lançamento da loja no Brasil. Esse crescimento ocorreu logo na primeira semana do serviço no país. Para o CEO da ONErpm, Emmanuel Zunz, isso mostra uma mudança no comportamento do consumidor brasileiro. Em declaração a revista Época ele afirma “Como a maioria de nosso catálogo é brasileiro, isso indica que o mercado de downloads e música digital está amadurecendo e o consumidor está disposto a comprar”. (ÉPOCA, revista, 21/12/2011)
Infográfico TOP 10 gêneros de música em 2012
Anteriormente falamos sobre a definição de multiplataforma.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERNANDES, Daniela Gumiero, SANTANA, Vanessa Fernandes, SANTOS, Rafael Felipe. Hábitos de Consumo de Música Digital em multiplataformas.54 páginas(Marketing Digital) – FAE – Centro universitário. Curitiba, 2012.
[/box]